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Friday 10 July 2015

Velocidade

Olho ao meu redor,
Borrões de tinta, que trocam o tempo todo de cor,
Passam em branco.
A cidade passa que nem me olha.
Ninguém me percebe.
Ninguém me nota.
É como se meu corpo estivesse sozinho no mundo.
Olhares se esbarram nos meus, mas passam desapercebidos.
Não se vão nem dois segundos.
E é com se nunca tivessem existido.
Nada para. Tudo se move,
Depressa demais para notar alguma coisa e depois se lembrar disso.
Não é preciso.
É preciso?
Com tanta velocidade, ter precisão fica cada vez mais difícil.

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