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Wednesday 11 November 2015

Vamos curtir

11/11/2015 0 Comments

Venha. Apenas nós dois,
No silêncio do tempo,
Longe de tudo e de todos,
Onde nossos lábios possam se tocar livremente,
Sem nada a interrompê-los subitamente.
Eu sei, muito bem,
Que você quer só curtir
E que não era para eu me apaixonar,
Mas olhe para mim, eu já me iludi,
E não há mais como fugir desse mar.
Venha. Apenas nós dois,
Vamos nos beijar pela primeira vez,
Como já deveria ter ocorrido.
Vamos andar de mãos dadas, casualmente,
E depois acordar, como se nada tivesse acontecido.
Eu sei que é um péssimo plano,
Que eu irei me apegar, me gamar,
E não conseguirei mais largar.
Mas por você eu faço loucuras,
Loucuras as quais não posso contar.
Venha. Apenas nós dois,
Quero mais do que aquele simples abraço.
Quero que você segure em meu braço,
Enquanto eu giro sem sair do lugar.
Não se preocupe,
Não é nada sério.
Está tudo bem, não precisa surtar.
Mas te digo: quando a gente ficar,
Será difícil não se apaixonar.


[Felipe Ferreira]

Thursday 5 November 2015

Amor Proibido (VII)

11/05/2015 0 Comments




Sinto em colocar tudo para fora:
Meus segredos, meus medos,
E tudo o que você significa pra mim.
Mas estou prestes a ir embora,
A pegar a estrada e seguir com a jornada;
— Ah, quem dera, fosse tão fácil assim.
Você me fez acreditar que era possível,
Apresentou-me sua beleza,
E esse seu jeito incrível...
E eu caí nesse seu mundo...
Onde minhas piadas pareciam mais idiotas,
E sua risada alta ainda mais maravilhosa;
E eu ficava sonhando todas as noites,
Ora dormindo, ora acordado,
Apenas pensando no dia
Em que mais uma vez a veria;
Em que outra vez subiria as escadas,
E a encontraria,
Deitada na cama, sorrindo.
E eu, feito bobo, rindo,
Da minha estupidez.
Você perguntou, e eu não consegui.
Ocultei, assim, a verdade.
Nos aproximamos um do outro,
E amadurecemos nossa amizade.
Percebo agora o quanto fui tolo,
Deixar escapar a oportunidade.
Agora,
Paramos em frente um ao outro;
Sinto as batidas do meu coração.
Nossos olhares se cruzam,
Se tocam,
Se beijam.
Mas nossas bocas não.
Você seguirá o seu caminho,
E eu seguirei o meu.
E pensar que tudo o que eu queria
Era um beijo seu;
Um toque em suas mãos;
Você vestida de noiva;
Eu de terno em gravata;
Você linda, alegre, sorridente,
E eu chorando feito uma criança carente.
Loucura, não é não?
Você me vê como um irmão.
No que é que eu estava pensando?
Não posso seguir com esta canção.
Pararei de compor.
Sugarei toda a dor.
Aceitarei o fato de que você não é para mim,
De que será melhor assim...
E ponto.
Tudo o que restará é um abraço.
Um afeto. Um carinho.
— Adeus, maninho.
E desse jeito eu percebo toda ilusão.
Você é de outro mundo, eu me lembro.
Não há espaço para mim em teu coração.
O seu sorriso é muito mais lindo.
Os seus olhos, muito mais intensos.
Sua beleza muito mais admirável.
E eu...? O que eu tenho para oferecer?
Você é de outro mundo,
Um mundo ao qual não posso pertencer.

[Felipe Ferreira]
 

Monday 2 November 2015

Amor proibido (VI)

11/02/2015 0 Comments


Caminho ao seu lado silenciosamente
Você consegue, mais uma vez, me deixar sem fala.
Ouço nossos passos sob o som da chuva,
As gotas d’água são testemunhas:
Elas sabem o que eu sinto por você.
Falamos sobre um assunto aleatório,
Até que o assunto vire silêncio,
E o silêncio termine em poesia.
Não há necessidade de rimas.
Quando você está aqui, tudo faz sentido
E eu finalmente me encontro.
Eu passaria horas e horas ao seu lado,
Sem pronunciar uma palavra.
Só de admirar seu sorriso, seus olhos, seus cachos...
Eu pararia no tempo, sem precisar de mais nada.
Loucura? Talvez.
Mas às vezes me sinto completamente anestesiado,
Quando você aparece, ao meu lado,
E não ligo para o que pode acontecer.
De repente não me vejo mais solitário.
Esqueço de que somos de mundos distintos,
De que você não sente o mesmo por mim.
E deixo tudo como parece ser:
Um conto de fadas,
Onde você faz parte de outro mundo,
Um mundo ao qual não posso pertencer.


F.F.

Saturday 31 October 2015

Amor Proibido (V)

10/31/2015 0 Comments




Hoje fui à sua procura,
Para me sentir mais leve,
Mais alegre, mais eu mesmo.
Saí de casa, com um destino,
A fim de destrancar sentimentos,
A fim de libertar pensamentos.
Trilhei caminhos estranhos,
Os quais não me levaram a lugar algum.
Não me encontrei com seus olhos.
Hoje seus passos não se cruzaram com os meus.
Hoje não houve piadas.
E, tão pouco, risadas.
Hoje não senti seu abraço,
Nem sua doce voz, a me chacoalhar por dentro.
Hoje não fiquei bobo,
Nem perdi a fala, ao ver um sorriso seu.
Hoje não me senti mais eu.
Parei à esquina, esperando você passar, por acaso....
Mas a noite veio só, sem me trazer você.
Fiquei ali, parado,
Tentando me lembrar do seu rosto...
Tentando não me esquecer...
Pois às vezes me esqueço que você é de outro mundo,
Um mundo ao qual não posso pertencer...

[Felipe Ferreira]

Wednesday 28 October 2015

Amor Proibido (IV)

10/28/2015 0 Comments




Queria escrever alguma história.
Tentei pela manhã e nada,
Foram várias folhas amassadas
Que foram se amontoando na calçada.
Lembrei-me de nós dois no parque,
Correndo na grama, entre as árvores.
Lembrei-me do teu sorriso.
Teu sorriso me dava forças para continuar.
Escrever não é uma tarefa fácil,
Não é apenas sentar e trabalhar;
Escrever é um pouco mais complicado,
E se você não estiver do meu lado,
Sinceramente, não sei se vai dar.
Por isso saí de casa à tarde,
Com papel e caneta na mão:
Queria porque queria encontrar minha inspiração.
Quando te vi, e olhei nos teus olhos,
Logo senti,
Aquela vontade absurda de pegar as palavras,
Juntá-las e fazer a magia.
Ali, com você, descobri
Quão fácil seria,
Desenhar, escrever, ou compor.
Percebi agora, tão longe de casa,
Que há uma única história que importa:
A que eu quero escrever ao seu lado.
Peguei minha folha em branco
Que aos poucos se enchiam de rabiscos:
Seus cachos, suas risadas,
Nós dois, na grama, de mãos dadas;
O som de sua voz, o timbre do violão,
O meu olhar acompanhando, com emoção;
O seu cheiro, sua pele, sua cor,
O seu jeito, sua forma e sabor;
Nossa amizade, nosso carinho, nossa alegria,
A felicidade, nosso cantinho e nossa poesia.
Estagnado, contemplei o céu,
E sorri por um curto período de tempo:
A tranquilidade se esvaiu de meu ser,
Enquanto eu pensava por um momento.
Olhei novamente para o papel:
Eram apenas rabiscos.
Não havia como adentrar em tais riscos.
Tive medo. Medo como nunca tive antes,
Medo de um dia acordar,
E já não me lembrar do teu riso,
Já não me lembrar dos teus olhos,
E de me esquecer de tais versos.
Perder tuas memórias
Passou a ser meu maior pesadelo.
Um pesadelo que não quero ter de viver...
Pois você é de outro mundo,
Um mundo ao qual desejo desesperadamente pertencer.

[Felipe Ferreira]