Contos de Ferreira

Wednesday 30 September 2015

Numa sala vazia, cheia de vida.

Felipe 9/30/2015 1 Comments

Teu sorriso é calada da noite De canto da boca Tu encanta Teu jeito menina quieta Te mostra mulher. Observar... Seu maior passatempo Tua paciência, tão impaciente Até nisso tu encanta Me espanta… Tamanha sensibilidade Num espaço tão “frio”. Tua “frieza” sarcástica E aconchegante, aos meus olhos, humor! Tua face te mostra centrada Mesmo na boca calada Com seus movimentos leves. Mas, teus olhos nos mostra Que tua mente maquina Um turbilhão de argumentos,teses, supores. Incrivelmente, Incrível-mente… Que divide atenção, Com todo seu poder de conhecer.

Samuel M. Pinheiro

Thursday 24 September 2015

Equilíbrio

Felipe 9/24/2015 0 Comments

O coração, um pequeno órgão que bate
Pulsa todo o sagrado por suas finas veias
Símbolo do amor
Da paixão

O coração, improvável órgão que sente
Que arde, dói, corrói
Ficticiosamente...

A mente, a razão
Plena incitação da frieza humana
Tão plana, parece não se misturar
Mas nos faz lembrar...
Coração bomba o sangue
A mente nos faz delirar, criar e ensinar,
AMOR.

[Samuel M. Pinheiro]

Amizade - Parte I

Felipe 9/24/2015 0 Comments

Me dê a mão...

Quero lhe dizer o valor de sua amizade.

Quero lhe ensinar a voar, em liberdade....

Será fácil...

Você já sabe como sorrir, mesmo com a tristeza,

E possui um coração puro, sem avareza.

Me dê a mão...

Vou levá-la ao meu mundo.

Não quero mais ter de vê-la chorar.

Quero ser o seu amigo, mesmo longe,

Quero que saiba que em mim você pode confiar.

Você é linda, é incrível.

É forte, eu sei que é.

É minha amiga.

Então, pare.

Pare de enfrentar os problemas sozinha,

Pois você não está só.

Eu estou aqui para ouvir,

Estou aqui para escutar,

E vou fazer o que puder para ajudar.

Odeio essas lágrimas.

Odeio essa angústia.

Quando sei que você sofre,

Meu coração se quebra, em fúria.

Quero te ver bem, feliz...

Vê-la sorrindo...

Você é linda sorrindo...

Quando sei que você não está bem,

Sinto meu coração se partindo,

E a tristeza também me invadindo.

Sou assim.

Anseio desesperadamente em ver meus amigos bem.

Mas você... Com você o desespero é ainda maior.

Porque a distância traz a mim o medo...

De que eu perca você...

Como perdi os outros...

É ainda mais desesperador.

Não quero que a distância nos afaste um do outro.

Então eu insisto, e permaneço.

Faço de tudo para nossa amizade não acabar.

Porque você não é mais uma pessoa.

Você não é mais uma amiga.

Você não é mais uma.

Você é minha irmã.

[Felipe Ferreira]

Wednesday 23 September 2015

Nas tuas mãos

Felipe 9/23/2015 0 Comments

Deixei todo meu sentido se esvair...
Fiquei a ver você,
Correr pelo astro
Dançar com os pássaros
Bailar aos passos das estrelas,
Contando ovelhas para não dormir.

Me imploro desejos, não sinto. Lhe dou todo meu segredo.... Meu peito sangra amores Minhas mãos plantam amantes , Todos olhares, um único semblante Venha, me implore desejos Me encante ! Nessa dança louca, Me fiz aviador Voei por teus ouvidos Te poetizei, suspiros Teu cheiro, me embriaguei no teu gosto...

Monday 21 September 2015

Liberdade

Felipe 9/21/2015 0 Comments

Atrás de grades e cadeados,

Vejo seu sorriso resplandecer.

Vejo seus olhos brilharem

E os meus lacrimejarem;

Sinto meu coração,

Descompassadamente, bater.

Você aí, do outro lado, risonha.

Eu aqui, livre, mas nem tão feliz.

Você possui a inocência,

Eu a experiência;

Mas essa fase adulta, com amargura,

Eu nunca a quis.

Você corre de um lado pro outro,

Vasculha cada canto, em cada lugar.

Mesmo com o portão fechado,

O espaço limitado,

Você não perde tempo,

Quer ser criança, quer viver, quer amar.

E eu tenho o resto do mundo,

Um espaço enorme para percorrer,

Mas continuo parado no mesmo lugar.

Tomo você como exemplo,

Seu sorriso me cativa,

O seu olhar me inspira.

Registro o momento com meus olhos

Registro o momento através das lentes

Registro-o em minha mente.

Quero sorrir como você sorri,

Quero ver o mundo como você olha para mim,

Quero ser feliz ao chegar ou partir,

Quero me alegrar mesmo que venha o fim.

Quero dar passos grandes em escalas maiores,

Percorrer o mundo e levar comigo sua inocência.

Encarar o problema e saber que já houve piores,

Crescer em humildade e nunca perder a essência.

Distancio-me das grades e correntes,

Afasto-me para longe,

Seu sorriso ainda vivo em minha memória...

Volto para minha vida, entrementes,

Acordando para realidade,

Para minha liberdade contraditória...

[Felipe Ferreira]

Sunday 20 September 2015

Inefável

Felipe 9/20/2015 0 Comments

Enquanto matava o tempo

Vi pelo vidro rachado de uma lanchonete vazia

Uma silhueta,

Uma silhueta que me perseguia.

Eu via um desânimo habitual

Um desânimo de fim de dia.

Caminhei

Em direção a uma velha conhecida

Uma ponte, antiga.

Que me fazia companhia.

Com uma corda em seus ombros

Despovoada, era vazia.

Em pasmaceira.

Estiquei o pescoço e contemplei

Um trem atravessando as nuvens,

Sua presteza me mostrou nos céus

Um belo nascer do sol...

Vi pelo vazio

A cidade colorida pelo dia

Afrouxou no pescoço.

O corpo, em um salto. Saltaria.

Balançava, balançava,

Balançava. Ventania.

Lá do alto eu via

A silhueta que fugia.

Instantes inefáveis

Surgiam. Surgiria.

O corpo tremia

Balançava, balançava,

Balançava, ventania.

O corpo, duro. Duraria.

Balançava. Balançava.

Balançava ventania.

[Bruno Pauli]

Friday 11 September 2015

Solilóquio

Felipe 9/11/2015 0 Comments

É de noite,
desculpa. mas você me perguntou
como a minha solidão se comporta
não é uma realidade bruta e morta.
ela tem vida.
abraço uma ilha rasa e isolada,
isolada em si mesma.
nela abrigo um triste farol e
um melancólico cais
que vive se indagando
será que o navio que zarpou
terá lembranças desse pequeno cais?
tão imerso nessa solidão
afasto o avanço do mar que tenta engolir
minha pequena ilha.
todos os dias.
agora talvez seja tarde
me tornei o escuro da noite.
minha força mora na solidão.
minha solidão criou forma
já houveram tantas outras.
permitir que alguém mergulhe nesse mar?
meu pensamento vagueia.
isso é tudo o que você, moço, cultiva no peito
aproximo-me da noite
solidão é quando nos perdemos.
chega ai, carinha. deixa eu preencher o vazio
nesse viver
não deixa o frio tocar teu rosto.

mas é.
Confundo a vida
ser um longa-metragem
e meus olhos entristecidos
vão acostumando
à escuridão
e brindam
ao vazio.
decepção proporcional
à expectativa.

[Bruno Pauli]

Tuesday 8 September 2015

Meu balão em Poesia

Felipe 9/08/2015 0 Comments

Meu coração de menino a pulsar
E minhas mãos a brincar...
Eterno êxtase envolvente!
Eternos os elementos que em mim guardarei!
Papel, cola, arame, algodão e parafina...

Meus riscos tortos entre gomos retos,
Meus cortes retos entre gomos tortos!
Meus chapeis chineses ardentes rodopiam bailando no ar...
Minhas caixas de surpresas reluzentes pairando no céu,
E meus olhos cedentes lacrimejantes fixos a sentir!

Eu, homem, criança, velho, imaturo em tanta maturidade...
Me deixei perder entre delírios,
Delírios de fogo...
Eu, homem, criança, velho, imaturo em tanta maturidade...
Me deixo e me perco com alegria entre plásticos,
Delírios de calor solar...

O céu é a expansão plena da alma,
Ali fica a saudade, o amor, alegrias e tristezas
A alegria da vinda e a dor da partida!
No céu eu encontro meu refugio,
E me faço menino outra vez...
No céu, explano todos meus sentimentos em pedaços de papel,
No céu encontro meu refugio...

Hoje somente acredito no amor que ainda irá renascer em cada coração,
Amor que vai crescer
Vai arder nos céus
Vai se solidificar em cada poesia transformada em balão!

[Samuel M. Pinheiro]

Thursday 3 September 2015

Distúrbio, a morte em sua nascença

Felipe 9/03/2015 0 Comments

O escuro sem sentido

A sublimação da vida

Vinde, corrida

A força bruta

Dor... corroída

Uma reta, mais ingrime

Que uma ladeira,

Corredeira

Em um caiaque,

Parafernália, bobeira

Morrendo....

Sem eira nem beira

Valoriza a beleza

Da incerteza, virar flor

Beijar os pés do credo

Se infiltra na alma,amor...

Como se fosse tambor,

Bate, “bummm”

Volta ensurdece...

Surdamente estou.

A procura, busca,

Ansiosamente

A sabedoria inquieta

Brutalmente se solidificou

Infiltrou na dor,

Explodiu...

Fumaça, em ordem. Pariu!