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Saturday 31 October 2015

Amor Proibido (V)

10/31/2015 0 Comments




Hoje fui à sua procura,
Para me sentir mais leve,
Mais alegre, mais eu mesmo.
Saí de casa, com um destino,
A fim de destrancar sentimentos,
A fim de libertar pensamentos.
Trilhei caminhos estranhos,
Os quais não me levaram a lugar algum.
Não me encontrei com seus olhos.
Hoje seus passos não se cruzaram com os meus.
Hoje não houve piadas.
E, tão pouco, risadas.
Hoje não senti seu abraço,
Nem sua doce voz, a me chacoalhar por dentro.
Hoje não fiquei bobo,
Nem perdi a fala, ao ver um sorriso seu.
Hoje não me senti mais eu.
Parei à esquina, esperando você passar, por acaso....
Mas a noite veio só, sem me trazer você.
Fiquei ali, parado,
Tentando me lembrar do seu rosto...
Tentando não me esquecer...
Pois às vezes me esqueço que você é de outro mundo,
Um mundo ao qual não posso pertencer...

[Felipe Ferreira]

Wednesday 28 October 2015

Amor Proibido (IV)

10/28/2015 0 Comments




Queria escrever alguma história.
Tentei pela manhã e nada,
Foram várias folhas amassadas
Que foram se amontoando na calçada.
Lembrei-me de nós dois no parque,
Correndo na grama, entre as árvores.
Lembrei-me do teu sorriso.
Teu sorriso me dava forças para continuar.
Escrever não é uma tarefa fácil,
Não é apenas sentar e trabalhar;
Escrever é um pouco mais complicado,
E se você não estiver do meu lado,
Sinceramente, não sei se vai dar.
Por isso saí de casa à tarde,
Com papel e caneta na mão:
Queria porque queria encontrar minha inspiração.
Quando te vi, e olhei nos teus olhos,
Logo senti,
Aquela vontade absurda de pegar as palavras,
Juntá-las e fazer a magia.
Ali, com você, descobri
Quão fácil seria,
Desenhar, escrever, ou compor.
Percebi agora, tão longe de casa,
Que há uma única história que importa:
A que eu quero escrever ao seu lado.
Peguei minha folha em branco
Que aos poucos se enchiam de rabiscos:
Seus cachos, suas risadas,
Nós dois, na grama, de mãos dadas;
O som de sua voz, o timbre do violão,
O meu olhar acompanhando, com emoção;
O seu cheiro, sua pele, sua cor,
O seu jeito, sua forma e sabor;
Nossa amizade, nosso carinho, nossa alegria,
A felicidade, nosso cantinho e nossa poesia.
Estagnado, contemplei o céu,
E sorri por um curto período de tempo:
A tranquilidade se esvaiu de meu ser,
Enquanto eu pensava por um momento.
Olhei novamente para o papel:
Eram apenas rabiscos.
Não havia como adentrar em tais riscos.
Tive medo. Medo como nunca tive antes,
Medo de um dia acordar,
E já não me lembrar do teu riso,
Já não me lembrar dos teus olhos,
E de me esquecer de tais versos.
Perder tuas memórias
Passou a ser meu maior pesadelo.
Um pesadelo que não quero ter de viver...
Pois você é de outro mundo,
Um mundo ao qual desejo desesperadamente pertencer.

[Felipe Ferreira]

Sunday 25 October 2015

Amor Proibido (III)

10/25/2015 0 Comments


A noite cai vagarosamente.
Seu olhar e seu sorriso ainda são os mesmos.
É sexta-feira.
O tempo não acompanha o vento,
E meu coração, ainda turbulento,
Não sabe o que faz...
Se observa, se afasta,
Se se aproxima, se diz.
Prendo a respiração.
Talvez, se não houver mais ar,
Ela pare de fazer com que eu perca o fôlego.
Quero ir embora mas algo me prende
E mantém meus pés ao chão.
Vez ou outra pergunto:
— O que faço aqui?
E só ouço as batidas do meu coração,
Me dizendo que devo ficar.
Ao contrário de minha razão,
Que diz que não posso continuar,
Que devo ir embora,
Procurar outro alguém para amar...
Não sei se consigo.
Nossos olhares se encontram
E sinto de perto o perigo.
E eu me entrego, me rendo, revelo o que sinto.
Mas ela não percebe,
Ou finge não perceber.
Não aguento mais.
Levanto-me,
Prendo-a em meus braços.
— Você não vai embora,
Eu não vou deixar.
Mas ela me diz tristemente
Que mora do outro lado...
— Não se preocupe, eu vou voltar.
E lembro-me, de repente,
De onde ela vem... De quem ela é...
De quem somos...
Simplesmente amigos.
Solto-a subitamente.
Devo deixá-la ir...
Não sei como pude me esquecer...
Afinal, ela é de outro mundo,
Um mundo ao qual não posso pertencer.


[Felipe Ferreira] 
 

Amor proibido (II)

10/25/2015 0 Comments



Levanto, porque não consigo dormir,
Seu nome fica ecoando em minha cabeça
Como se sua voz, lá no fundo, dissesse:
— Jamais se esqueça...squeça...
Suas risadas se tornam cada vez mais reais,
Cada vez mais perto posso ouvir.
Ouço sua voz, indistinguível,
Um canto lindo, suave, e inesquecível.
Percebo que quero ficar aqui
Para todo o sempre.
Ouvir sua voz, sonhar com sua voz,
Acordar com sua voz, e subitamente
Perceber que isso não é real.
— Você está ou não está aqui?
O portão se abre e eu vejo você,
De branco, como um anjo
Que vem ao meu encontro.
O abraço aconchega Minh ‘alma.
Tudo ao meu redor se desfoca,
Nada importa,
Apenas os braços de quem me abraça,
O cheiro dos seus cabelos,
E o barulho do meu coração,
Pulando, alegre em vê-la outra vez.
E de repente tudo isso vira pó,
Como uma nuvem se dissipando...
Minha garganta faz um nó.
Lembro-me de que um abraço é tudo,
Tudo o que posso ter.
Pois você é de outro mundo,
Um mundo ao qual não posso pertencer.


[Felipe Ferreira] 

Friday 23 October 2015

Amor Proibido

10/23/2015 0 Comments

 
Descanso em teu sorriso,
Teu olhar me atrai em um riso.
Bobo e extasiado, fito teus olhos,
Olhos que me enchem de uma felicidade inexplicável.
O que é isso? Não quero parar.
Fico admirando tuas gargalhadas que surgem após uma piada boba.
Entro em teu delírio; você é de outro mundo.
Onde estavas este tempo todo que não te vi?
Com esse teu jeito meigo e mágico, você me conquista aos poucos.
Tento não cair no teu encanto,
Mas a magia é mais forte que qualquer outra que conheci.
Ao teu lado, admiro-te dormir, em uma beleza profunda.
Teus cabelos, agora soltos, trazem-me uma sensação de liberdade.
Fecho os olhos. Acabo entrando em um sonho.
Acordo com teus olhos fitos em mim.
Não importa o que eu sonhava. Esse sonho é bem melhor.
Uma risada. Um encanto. Você me despertou, mas eu não ligo.
Mas eu me iludo. Me iludo em pensar que isso vai durar para sempre.
De repente tudo para.
— Chegamos.
Acabou. Foi só dessa vez.
Não haverá outras vezes, haverá?
Afinal, você é de outro mundo,
Um mundo ao qual não posso pertencer...


[Felipe Ferreira]
 

Tuesday 6 October 2015

O que uma velha praça pode guardar

10/06/2015 0 Comments

Uma velha praça, novos lugares
Velhas árvores, novos olhares
Um pequeno banco, num cantinho,
Leve sereno batendo,
Frio subindo pela espinha,
Viria ele da noite gelada, ou da proximidade desse olhar?

Uma velha praça,
Lugar de quando criança brincar...
Hoje as velhas árvores me viram crescer,
Me viram a te beijar...
Viraram até desculpa pra fugir,
Ser tímida sem me mostrar.

Como um reggae, a noite foi rolando,
O tempo passando, as risadas fluindo,
Frio e calmaria, calor e poesia,
Sim, ali acontecia!

Tuas curvas marcaram,
Boca, olhos,nariz...
Teu cabelo marcando a silhueta de teu rosto,
O som da tua voz,
Rouca...
Adocicava minha noite.

Toda a sutileza do teu toque,
Tua pegada,
Tua boca se encaixava perfeitamente na minha,
Teu gosto,
Teu cheiro... Sem receio, ali mais uma vez me fiz!

[Samuel M. Pinheiro]