Ao cair da
noite, tudo se desenrolaria
Da complexidade
à simplicidade
Qualquer dificuldade
desapareceria,
Sem algemas
nas mãos, ao abrir a janela,
Eu voaria.
Estar aqui
mas não se sentir presente
Ver coisas
alegres mas não se alegrar,
Pessoas
tentando tirar de mim um sorriso...
Mas estão
cegas demais para enxergar
Que aqui não
é nenhum paraíso!
Tentam me
entender, mas só isso.
Tudo o que
procuram é a própria paz.
De nada
adianta seus conselhos,
Ajuda
nenhuma me traz.
Resta
confusão, restam dúvidas.
Minha cabeça
gira,
E eu
permaneço no mesmo lugar.
À minha
frente uma folha
Uma questão
de múltipla escolha
Onde o “x”
definirá todo meu futuro.
Enlouqueço,
não durmo.
Não tomo a
droga da decisão,
Tudo ocorre
mas nada acontece!
A ponta do lápis
quebra,
A folha cai
ao chão,
Quando pego,
rasga-se em duas partes
Como rasgado
foi o meu coração.
Olho para o
céu e imploro por uma resposta,
— Sério,
isso? — Imagino a indagação de Deus.
Eu poderia
pedir para que expandisse minha mente,
Mas não há
como se lembrar
De algo que
não se aprendeu
Não é algo
que se estudou e se esqueceu.
Não é um
branco, é um vazio.
A essa parte
da vida, despreparado estou eu.
Talvez um
dia essa neblina se dissipe
E eu volte a
ver a luz do sol,
O brilho do
Teu olhar...
As horas, o
tempo e o espaço,
Talvez tudo
volte a fazer sentido,
Como no
tempo em quando eu era criança,
E não
precisava me preocupar com nada disso.
Felipe Ferreira
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