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Friday, 12 June 2015

Confusão



Ao cair da noite, tudo se desenrolaria
Da complexidade à simplicidade
Qualquer dificuldade desapareceria,
Sem algemas nas mãos, ao abrir a janela,
Eu voaria.

Estar aqui mas não se sentir presente
Ver coisas alegres mas não se alegrar,
Pessoas tentando tirar de mim um sorriso...
Mas estão cegas demais para enxergar
Que aqui não é nenhum paraíso!

Tentam me entender, mas só isso.
Tudo o que procuram é a própria paz.
De nada adianta seus conselhos,
Ajuda nenhuma me traz.

Resta confusão, restam dúvidas.
Minha cabeça gira,
E eu permaneço no mesmo lugar.
À minha frente uma folha
Uma questão de múltipla escolha
Onde o “x” definirá todo meu futuro.

Enlouqueço, não durmo.
Não tomo a droga da decisão,
Tudo ocorre mas nada acontece!
A ponta do lápis quebra,
A folha cai ao chão,
Quando pego, rasga-se em duas partes
Como rasgado foi o meu coração.

Olho para o céu e imploro por uma resposta,
— Sério, isso? — Imagino a indagação de Deus.
Eu poderia pedir para que expandisse minha mente,
Mas não há como se lembrar
De algo que não se aprendeu
Não é algo que se estudou e se esqueceu.
Não é um branco, é um vazio.
A essa parte da vida, despreparado estou eu.

Talvez um dia essa neblina se dissipe
E eu volte a ver a luz do sol,
O brilho do Teu olhar...
As horas, o tempo e o espaço,
Talvez tudo volte a fazer sentido,
Como no tempo em quando eu era criança,
E não precisava me preocupar com nada disso.

Felipe Ferreira

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