Ah, meu
amor...
Você me amava,
me valorizava, o que houve?
— Não houve.
Não houve nada.
E, eu,
burra, o idolatrava.
Ah, meu
amor...
Você estava
sempre comigo,
Era, além de
tudo, meu melhor amigo,
E de repente
tudo acabou, e o que restou?
— Lembranças,
marcas, memórias machucadas...
Ah, meu
amor...
Você era
único e eu acreditava,
De noite,
acordada, eu sonhava,
Com nosso
casamento, com nossos filhos, você e eu,
E eu sendo
amada.
Ah, meu
amor...
Para mim
você era o melhor,
Você nunca
me abandonaria, nunca me deixaria,
Falavam, mas
meus sentimentos desacreditavam,
Você seria
para sempre meu, e eu para sempre sua,
Todos os
vizinhos veriam como éramos felizes,
Andando de
mãos dadas pela rua.
Ah, meu
amor...
Você me fazia
sempre rir,
Foi quem me
ensinou a gargalhar,
Colocava-me
para cima, me animava
E, eu, nunca
acreditava que um dia me faria chorar.
Ah, meu
amor...
Você estava
sempre presente,
E eu já
sonhava envelhecer ao seu lado,
Mas de
repente você se fez ausente,
E eu me vi
sozinha, no caminho errado,
Sem ter pra
onde ir, e no coração apertado
Veio o
sentimento amargo.
— E agora?
Ah, meu
amor...
Por que
ainda o chamo de amor?
Não restam dúvidas
de que o amor era só meu,
E todo
sentimento que ainda tinha por mim já acabou.
Anna F. Margo
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