Nosso amor
Felipe
8/25/2015
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Corro parado. Sou um ponto referencial.
Aumenta entre nós, sem que eu faça o mÃnimo de
esforço,
A distância pela qual eu sempre temi.
Forma entre nós o espaço do qual eu sempre corri
— A fuga inevitável que me leva ao erro.
Tento me aproximar, mas não consigo,
O espaço criado já é bem maior do que imagino,
Espaço esse que você se esforçou tanto para não
existir.
Antes o seu amor era maior que o meu,
Agora quem te procura sou eu
Quem te busca, quem te quer achar...
Mas com os papéis invertidos, agora é você quem se
esconde,
Quem se faz de difÃcil, quem não mais quer amar.
Não há por que voltar atrás, repetir o mesmo...
Seria como voltar a cometer o erro.
Há em mim a dúvida, e em você o medo.
Você não sabe se esquece ou continua a me ouvir,
Não sabe se cresce ou volta a dormir,
E sonhar os mesmos sonhos, manter o mesmo pesadelo...
E na mesma hora da madrugada os olhos se abrirem em
retirada,
À procura de alguém que não se pode mais achar.
Eu olho para trás e me pergunto se eu nunca fui de te
fazer feliz,
Se a culpa foi minha.... Ou nossa.
Sei que esse pesadelo eu nunca o quis.
Eu pediria mais uma chance.
Pediria mais uma oportunidade de fazer diferente,
Mostrar-lhe-ia outra perspectiva, outra forma de vida,
Diria que havia tempo para mudar.
Deixaria que o tempo corresse de trás para frente,
Que nos ensinasse a ganhar a corrida, valorizar mais a
vida,
E que me mostrasse o jeito certo de te amar.
Tudo isso eu faria, se não houvesse o perigo de te
machucar.
Mas depois desses dias distantes,
Tudo o que posso desejar
É que essa nuvem de mágoas se dissipe
Em algo que eu não consiga mais enxergar.
E que todo o passado vire pó,
Que sumam todos nossos erros dentre os nossos
acertos.
Eu entendo. Não há mais jeito.
É necessário deixar tudo acabar.
Já tentamos algumas vezes, não deu certo
Afinal, sejamos sinceros: quando é que de fato ia dar?
[Felipe Ferreira]