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Thursday, 5 November 2015

Amor Proibido (VII)





Sinto em colocar tudo para fora:
Meus segredos, meus medos,
E tudo o que você significa pra mim.
Mas estou prestes a ir embora,
A pegar a estrada e seguir com a jornada;
— Ah, quem dera, fosse tão fácil assim.
Você me fez acreditar que era possível,
Apresentou-me sua beleza,
E esse seu jeito incrível...
E eu caí nesse seu mundo...
Onde minhas piadas pareciam mais idiotas,
E sua risada alta ainda mais maravilhosa;
E eu ficava sonhando todas as noites,
Ora dormindo, ora acordado,
Apenas pensando no dia
Em que mais uma vez a veria;
Em que outra vez subiria as escadas,
E a encontraria,
Deitada na cama, sorrindo.
E eu, feito bobo, rindo,
Da minha estupidez.
Você perguntou, e eu não consegui.
Ocultei, assim, a verdade.
Nos aproximamos um do outro,
E amadurecemos nossa amizade.
Percebo agora o quanto fui tolo,
Deixar escapar a oportunidade.
Agora,
Paramos em frente um ao outro;
Sinto as batidas do meu coração.
Nossos olhares se cruzam,
Se tocam,
Se beijam.
Mas nossas bocas não.
Você seguirá o seu caminho,
E eu seguirei o meu.
E pensar que tudo o que eu queria
Era um beijo seu;
Um toque em suas mãos;
Você vestida de noiva;
Eu de terno em gravata;
Você linda, alegre, sorridente,
E eu chorando feito uma criança carente.
Loucura, não é não?
Você me vê como um irmão.
No que é que eu estava pensando?
Não posso seguir com esta canção.
Pararei de compor.
Sugarei toda a dor.
Aceitarei o fato de que você não é para mim,
De que será melhor assim...
E ponto.
Tudo o que restará é um abraço.
Um afeto. Um carinho.
— Adeus, maninho.
E desse jeito eu percebo toda ilusão.
Você é de outro mundo, eu me lembro.
Não há espaço para mim em teu coração.
O seu sorriso é muito mais lindo.
Os seus olhos, muito mais intensos.
Sua beleza muito mais admirável.
E eu...? O que eu tenho para oferecer?
Você é de outro mundo,
Um mundo ao qual não posso pertencer.

[Felipe Ferreira]
 

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